Você já teve alta da terapia?

Para questões de saúde física existe a alta médica, ou seja, a liberação do médico em relação ao encerramento de um tratamento, seja na medicação ou em outros procedimentos. Na psicologia também existe o mesmo modo de operacionalizar o ponto final no tratamento de uma questão da sua mente.

O psicólogo avalia, conforme as sessões de terapia, como este cenário a ser tratado tem evolução – seja uma depressão, um transtorno de ansiedade ou qualquer outra questão. Essa evolução é medida conforme a facilidade ou dificuldade do paciente em conviver ou sanar essas questões, o alívio de sintomas evidentes, além de avaliar se ainda pode haver um prejuízo para a pessoa em outros aspectos. Um exemplo mais claro é um paciente com questões mentais que o influenciem a automutilação ou intervenções em si próprio com mais gravidade. Se isso gera riscos, não há alta.

Em situações mais tênues ou mais amenas, essa alta também é avaliada em relação à maturidade do paciente em superar traumas e situações desafiadoras. Juntos, psicólogo e paciente, também podem alinhar a redução da frequência de terapias, dando mais espaço de tempo entre elas. Assim, o paciente vai experimentar mais situações de exposição e sentindo como reage.

O senso de autorresponsabilidade e de maturidade do paciente influenciam nestas decisões, de modo que não existe uma imposição, mas uma construção de como deve haver o acompanhamento da melhora da saúde psíquica.

Por isso, não abandone a terapia. Converse com o profissional sobre isso e adapte o tratamento conforme a sua realidade relacionada à rotina, às condições financeiras e de tempo. Por vezes se pode mudar o formato do presencial para o on-line, e assim por diante. E sim, é importante tratar até ter a alta do seu psicólogo. Isso vai evitar recaídas e aquela sensação de perder uma batalha contra você mesmo. Vamos vencer isso juntos.

Até a próxima!

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